Organizações podem se beneficiar muito de equipes com perfis variados e bem geridas por uma liderança inclusiva, possibilitando discussões mais abrangentes e um ambiente de trabalho melhor.

Construir uma sociedade diversa e capaz de incluir pessoas diferentes é um dos grandes desafios da atualidade. Afinal, com todos os avanços sociais e tecnológicos das últimas décadas, é incomodo o fato de que alguns grupos ainda tenham dificuldade em encontrar oportunidades de trabalho e ter a própria voz ouvida. 

Seja por gênero, cor ou orientação sexual, incluir minorias em uma equipe é crucial para que a sua empresa crie estratégias capazes de impactar grupos muitas vezes invisibilizados. Os benefícios não são apenas sociais, mas também de eficiência e inovação para os negócios que conseguem ter contato com esse público. 

Nesse processo, existe um conceito importante para ser aplicado em qualquer organização: a liderança inclusiva. Neste texto, vamos explicar tudo o que você precisa para entender para aplicar essa ideia. 

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    O que é liderança inclusiva?

    A liderança inclusiva pode ser definida como aquela que estimula o desenvolvimento de times e grupos diversos e, assim, cria um ambiente capaz de potencializar as habilidades e reduzir as lacunas de cada característica encontrada no grupo. 

    Confira nesta matéria da Locaweb quatro soft skills super importantes que podem te ajudar na jornada de liderança inclusiva!  

    ambiente de trabalho que se beneficia de uma liderança inclusiva
    Ter um ambiente de trabalho diverso é fundamental para empresas inseridas no mercado atual. (Fonte: Getty Images/Reprodução) 

    Em um mundo cada vez mais veloz, mutável e complexo, é improvável que um grupo não diverso seja capaz de entender as nuances e treinar um time pronto para atender a diferentes públicos.  

    Esse tipo de liderança envolve não apenas minorias raciais, de gênero ou pessoas LGBTQIA+. Outros grupos também são importantes, como pessoas com deficiências e neurodiversas.  

    Princípios da liderança inclusiva 

    Existem alguns princípios que ajudam a criar uma cultura de inclusão. Confira alguns deles a seguir. 

    1. Respeito: o respeito é a base da liderança inclusiva. É importante que líderes tratem colaboradores com igualdade, independentemente de diferenças, e que sejam firmes no combate ao preconceito no ambiente de trabalho para que possa existir segurança. 
    1. Escuta ativa: lideranças inclusivas precisam estar abertas a ouvir a opinião de colaboradores sem julgamentos ou preconceitos. É preciso ter disposição para buscar diferentes perspectivas e ouvir ativamente, sempre com a ideia em mente de que pessoas com histórias de vida diferentes podem contribuir muito para melhorar a produtividade de um time
    1. Empatia: a empatia é uma habilidade essencial para a liderança inclusiva, pois permite que líderes se coloquem no lugar de outras pessoas e entendam as dificuldades delas. Estabelecer atividades que desenvolvam essa habilidade em um grupo pode ser uma excelente ideia. 
    1. Diversidade e inclusão: a liderança inclusiva valoriza a diversidade e promove a inclusão de colaboradores, independentemente da origem, da cultura e do gênero. É importante que a liderança busque perfis diferentes no mercado de trabalho, o que pode aos poucos tornar a empresa mais atrativa para determinados grupos e conquistar de forma natural os talentos negligenciados por outros perfis de contratação. 
    1. Tomada de decisão colaborativa: promover a tomada de decisões colaborativas, em que todos os indivíduos têm a oportunidade de dar opiniões e as decisões são tomadas em conjunto, é um dos papéis de uma liderança inclusiva. Não adianta ter um time diverso se a opinião e as vivências dessas pessoas forem ignoradas, é preciso dar espaço para que elas possam tomar decisões importantes diariamente. 

    Leia também: 5 benefícios do benchmarking para empresas 

    6 pilares de uma liderança inclusiva 

    Além dos princípios básicos da liderança inclusiva, existem outros para a aplicação desse conceito em um ambiente corporativo. A seguir, explicamos cada um deles. 

    1. Comprometimento

    A palavra “comprometimento” é importante de diferentes pontos de vista, tanto para se referir ao comprometimento da organização com os valores de inclusão, diversidade e igualdade, como para o comprometimento do time com o projeto da empresa e aquilo que o sustenta

    Essa simbiose é fundamental e precisa ser feita a partir de líderes que conseguem compreender ambas as visões. Para a empresa, encontrar e treinar lideranças comprometidas é a base para um futuro próspero e inclusivo na cultura de trabalho. 

    2. Curiosidade

    Ter abertura a novas experiências é um pilar fundamental para que um ambiente de trabalho se torne inclusivo. Afinal, é do constante questionamento e da mentalidade aberta que surge a ideia de criar times diversos, complementares e que muitas vezes fogem do padrão tradicional adotado pelo mercado. 

    No caso de lideranças inclusivas, é preciso ter curiosidade em todo o processo e ambiente, mas também instigar essa capacidade de questionar em todo o time. Existem diversos métodos e atividades que podem ser utilizados. 

    Por fim, a curiosidade tem papel crucial na criação de novas conexões, principalmente em um ambiente de trabalho. Ao fomentar essa habilidade em um grupo de colaboradores, os benefícios podem ser enormes. 

    A curiosidade também pode ser uma aliada na hora de construir um benchmarking para sua empresa. Confira neste link alguns benefícios dessa técnica!  

    3. Coragem

    Uma liderança, seja qual for a área ou o foco no momento, precisa ter sempre muita coragem. Isso não significa criar riscos desnecessários, imprudentes e perigosos, mas sim estar pronto para tomar decisões importantes quando forem necessárias. 

    Um ambiente de trabalho costuma ter desafios grandes devido à própria natureza da coletividade. São diversas ideias diferentes surgindo o tempo todo, o que pode gerar conflitos internos e até uma competitividade além dos níveis saudáveis.  

    Em um grupo inclusivo e diverso em experiências e vivências, isso pode ser ainda mais desafiador. Mas é aí que a liderança precisa ter coragem: tomar decisões firmes, saber resolver conflitos com clareza e não ter medo de se aventurar em ideias geradas dentro do time são pontos fundamentais. 

    ambiente de trabalho diverso que se beneficia de uma liderança inclusiva
    A coragem é um dos pilares fundamentais para uma boa liderança inclusiva. (Fonte: Getty Images/Reprodução) 

    4. Conhecimento de visões e preconceitos

    Talvez a grande dificuldade em se trabalhar com times muito diversos é a existência de inúmeras visões diferentes diante das dificuldades do dia a dia no ambiente de trabalho. Isso costuma ser bastante saudável para que a empresa possa chegar a diferentes públicos e notar situações por uma lente mais detalhada.  

    Contudo, existem momentos em que as coisas fogem de controle, e essa variedade de ideias pode dar lugar a preconceitos e estereótipos nada saudáveis para as pessoas e para a organização. 

    Por isso, além da coragem, a liderança inclusiva precisa entender visões diferentes e compreender o momento em que a situação foge da normalidade. O jogo precisa sempre respeitar as regras, e a liderança é a arbitragem.  

    5. Inteligência cultural

    Ter conhecimento de diferentes culturas é essencial para trabalhar com times amplos e diversos. Isso porque, ao englobar culturas muito diferentes dentro de um ambiente de tomada de decisão, aspectos sociais e culturais podem vir à tona, e a liderança precisa estar preparada para lidar com isso. 

    A liderança inclusiva precisa levar em consideração aspectos importantes da vida dos colaboradores, mas também precisa adquirir conhecimento por conta própria. Isso é importante para deixar as pessoas confortáveis dentro do time, sem que se sintam constantemente pressionadas.  

    Ao mesmo tempo, trazer aspectos culturais dessas pessoas para o ambiente de trabalho pode ser um ponto importante de inclusão e respeito. 

    6. Colaboração 

    A função de empoderar os indivíduos ao mesmo tempo em que incentiva a constante cooperação entre eles precisa ser exercitada pela liderança inclusiva para extrair o que há de melhor na equipe. 

    É preciso entender que cada colaborador tem pontos fortes e fracos e que eles devem estar em constante complementação. Isso significa que a liderança deve delegar funções adequadas, mas sempre mantendo um diálogo e uma conexão forte entre pessoas com habilidades diversas.  

    Boas práticas para um ambiente inclusivo 

    Existem algumas práticas que empresas, organizações não governamentais (ONGs) e outras instituições podem aplicar para tornar o ambiente mais inclusivo. São ideias simples, mas que precisam de tempo e constância para serem aplicadas de forma satisfatória. 

    1. Recrutamento 

    Treinar pessoas para realizar um bom recrutamento é uma das principais tarefas de qualquer empresa. É daí que saem os talentos que um dia tomarão os mais altos postos da organização. Adicionar a inclusão e a diversidade nesse processo ajuda a fomentar essa cultura, mesmo que leve um tempo para surtir efeitos relevantes. 

    Criar vagas especiais para determinados grupos, designar recrutadores que representam minorias e desenvolver um plano de contratação que valorize habilidades diversas são algumas das opções para um recrutamento eficiente. 

    2. Treinamento 

    O treinamento é o processo no qual os novos talentos são preparados para adquirir a cultura, os valores e as ideias da empresa. Se o seu objetivo é tornar todo o ambiente mais inclusivo, é preciso ter tutores e profissionais experientes com esse viés para treinar quem chega. 

    Porém, não são somente pessoas novas que precisam de aprimoramento. Um negócio duradouro precisa de programas internos de cursos e treinamentos para que colaboradores estejam sempre conectados com o que há de mais novo no mercado, e com a inclusão social isso não é diferente. 

    3. Plano de carreira 

    Por fim, ter um bom plano de carreira interno é fundamental para inserir a cultura de inclusão na organização. Isso porque esse plano pode estabelecer valores e princípios da empresa, sempre valorizando aquilo que de melhor se enquadra nas ideias de mundo e futuro do negócio. 

    As etapas precisam ser claras e bem construídas. Isso, aliado aos outros pontos citados, pode fazer que a sua cultura empresarial tenha a inclusão como um pilar importante. 

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