Não importa o quanto seus gestores, colegas de trabalho, amigos e familiares falem que você é incrível. Não importa os cursos que fez, os concursos que ganhou, as bonificações recebidas, as palestras que já deu, as entrevistas concedidas…

Você sempre acha que nada disso é o suficiente e que, no fim, não passa de uma farsa.

Que as coisas boas que aconteceram em sua carreira, por exemplo, são frutos da sorte, não de seu esforço e conhecimento. E que em breve as pessoas descobrirão isso.

Se você se identificou com a situação, cuidado. Talvez sofra da síndrome do impostor, assim como muitos outros profissionais competentes. Grandes talentos do cinema, como Emma Watson (Harry Potter) e Kate Winslet (Titanic) passam por isso.

Em entrevista, nossa eterna Hermione contou que quanto mais ela se saía bem, maior era seu sentimento de inadequação porque pensava que em algum momento alguém descobriria que ela é uma fraude e que não merecia nada do que havia conquistado.

A psicóloga Gail Matthews, da Universidade Dominicana da Califórnia, em estudo, descobriu que a síndrome do impostor atinge em maior ou menor grau 70% de profissionais bem-sucedidos – principalmente do público feminino.

Quem possui a síndrome não acredita que seu sucesso seja resultado de sua inteligência, competência e suas habilidades, logo, acaba se sabotando, achando que a qualquer momento descobrirão que não é tão genial quanto pensavam.

Essa baixa autoestima profissional pode se intensificar em desafios ou em transições na carreira. Por causa da ansiedade e da insegurança, os tais “impostores” passam a adotar atitudes que funcionam como mecanismo de defesa e enfrentamento.

Segundo o artigo publicado no Huffpost, entre os sinais mais comuns estão:

Ser um workaholic insano

Quando o profissional dá 150% de si, achando que ao ser descoberto como uma fraude, pelo menos as pessoas não dirão que ele não é uma pessoa esforçada.

Se esforçar menos no trabalho

Nesse caso o profissional sabe que poderia ir mais longe, mas tem medo de falhar. Dessa forma ele se esforça menos porque prefere que as pessoas acreditem que a falha foi por preguiça, não por incapacidade.

Adotar discrição absoluta ou, quando ser discreto não resolve, partir para mudanças desenfreadas

O profissional opta por uma área que lhe permite ser autônomo ou “imperceptível”, já que assim pode manter tudo sob controle. Mas quando não consegue, adota um perfil que está sempre em constante mudança.

Usar o carisma para conseguir a aprovação de algo

Usa as habilidades sociais para causar boa impressão, pois não acredita em seu intelecto.

Procrastinar o que puder

Ao deixar as tarefas para a última hora, o profissional se autossabota, já que dessa forma há mais chance de que a qualidade do trabalho seja prejudicada e a desculpa será o tempo, não sua incapacidade.

Não conseguir terminar nenhuma tarefa

Ao não terminar nenhum projeto pessoal, por exemplo, o profissional se protege da descoberta de que ele não é tão bom assim. E, se alguém perguntar como está o tal projeto, ele poderá dizer que está em andamento e que está apenas se aventurando.

Apelar para a autossabotagem no trabalho

O profissional mina as chances de crescer na empresa por causa de sua ansiedade e do medo de ser exposto. Vai despreparado para as reuniões ou chega atrasado. Se tem uma apresentação importante, dorme muito tarde na noite anterior – já que assim poderá culpar o cansaço se algo der errado.

// Como lidar com a síndrome do impostor?

Seja mais gentil consigo mesmo e com suas falhas; está tudo bem errar.

Lembre-se que estamos todos evoluindo e que as falhas fazem parte do processo. Seus ídolos também têm medos, também se sentem inseguros e está tudo bem.

Pense nas lições que pode tirar do tal “fracasso” e de tudo o que conquistou até agora: os prêmios, aumentos salariais, elogios… Converse com seus amigos e familiares sobre esse sentimento. Faça uma auto-análise e aceite elogios.

Você verá que nada do que aconteceu até agora foi por acaso e que suas habilidades, assim como sua inteligência e competência, contribuíram muito para que você chegasse onde chegou. O BuzzFeed listou 17 dicas úteis para lidar com a síndrome do impostor.

Vale dar uma lida!

Ah, e acredite: você é um bom profissional! 😉