Na hora de buscar inspiração e motivação nas histórias de empreendedores de sucesso, você certamente já se deparou com a repetição exaustiva de frases clichês como “Siga seus sonhos”, “Faça o que você ama”, “Não desista” e coisa do tipo, não é mesmo?

Pois saiba que não estamos aqui para isso, mas para mostrar que as experiências de pessoas que chegaram lá tem, sim, muito a ensinar para que você também possa tornar-se um exemplo na área em que decidir atuar.

Quem começa por baixo tem, de cara, uma série de desafios enormes para superar e conquistar um negócio bem-sucedido e com perspectivas de crescer. Além da vontade de fazer a diferença, é necessário conciliar a ambição com a necessidade de cuidar da família, de trabalhar para se sustentar e de estudar quando e onde for possível.

O resultado é que os empreendedores de sucesso que você vai conhecer agora entendem muito bem os sacrifícios, lutas e superações necessárias para que eles chegassem onde chegaram. Então, continue a leitura e descubra as histórias inspiradoras desses brasileiros!

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    1. Robinson Shiba

    Da infância nos fundos da loja de materiais de construção fundada por seu avô e por seu pai para uma carreira no comando da maior rede de delivery de comida chinesa da América Latina. Essa é a trajetória de Robinson Shiba, descendente de japoneses nascido em São Paulo e que trouxe dos Estados Unidos o modelo que serviu de base para a China in Box.

    Para Robinson, abrir um negócio próprio era o que ele sonhava fazer para proporcionar uma vida melhor para sua esposa e seu filho. O sonho tornou-se realidade aos 22 anos. Com o objetivo de aprimorar seu inglês, ele foi para os Estados Unidos, onde ficaria por um ano e meio — ou, pelo menos, esse era o plano inicial.

    O dinheiro para a estadia acabou, mas Robinson recusou-se a desistir. Ele foi atrás de qualquer emprego que surgisse para que não precisasse largar os estudos e, assim, tornou-se entregador de pizza e trabalhou na cozinha de restaurantes. Foi assim que o jovem descobriu o fascinante — e lucrativo — mundo da entrega de comidas prontas.

    Robinson mergulhou nos estudos sobre modelos de fast food com delivery para entender todo o processo, desde a produção até a entrega. Sempre de olho no que poderia ser melhorado ou corrigido, ele, então, abriu a China in Box em 1992. Com a baixa concorrência, o negócio logo conquistou o público. Hoje, a marca está presente em mais de 70 cidades brasileiras.

    2. Heloísa Assis

    Nascida em uma família humilde, Heloísa Assis começou a trabalhar com apenas nove anos. Alguns anos depois, ela fez um curso de cabeleireira na igreja de sua comunidade.

    Heloísa, também conhecida como Zica, queria entender melhor o seu próprio cabelo crespo e volumoso e encontrar soluções e cuidados para outras mulheres com esse tipo de fio. Ela foi testando tudo o que podia e fazendo misturas tão fortes que seu cabelo até começou a cair.

    Depois de uma década de estudos e testes para desenvolver uma linha de cuidados capilares exclusiva para esse tipo de cabelo, Heloísa finalizou o seu Super-Relaxante e, com o sucesso do produto, inaugurou a sua empresa, o Instituto Beleza Natural. Na época, ela tinha 33 anos, um marido e três filhos pequenos.

    O sustento da família vinha principalmente do trabalho de taxista do marido, que dirigia um Fusca. Como ele sempre acreditou e apoiou a esposa e a fórmula desenvolvida por ela, o casal decidiu arriscar e vender o carro por 3 mil reais. O irmão e uma amiga de Heloísa contribuíram com mais 1,5 mil. Em 1993, o salão nasceu no quintal de uma casa alugada.

    Ao atender uma clientela até então ignorada — mulheres da classe C, em sua maioria negras —, o salão, simples mas cheio de carinho e talento, tornou-se um sucesso. Quando Zica e suas quatro atendentes se depararam com filas para atendimento que começavam a se formar três horas antes de o salão abrir, ela percebeu que era hora de expandir.

    3. Alexandre Costa

    Aos 14 anos de idade, Alexandre Costa começou a vender chocolates de porta em porta. Com 17, ele ajudou sua mãe a fazer e vender dois mil ovos artesanais de Páscoa.

    Essa foi a gênese da Cacau Show que, hoje, é a maior franquia de chocolates do país. Percebendo que os chocolates artesanais ainda eram pouco explorados pelo mercado, Alexandre decidiu investir sem medo. Ele criou um catálogo para seus produtos, a exemplo de marcas de cosméticos e perfumes, e partiu para colocar a cara a tapa.

    Em 1996, a Cacau Show começou a contratar funcionários e Alexandre foi para a Bélgica fazer seu primeiro curso de chocolates. A primeira loja foi aberta em 2001. Conforme a empresa crescia, o empreendedor deparou-se com outra dificuldade: sua juventude fazia com que investidores e bancários não confiassem nele e em seu trabalho.

    Mas não demorou para que Alexandre mostrasse a que veio. Hoje, as cinco fábricas da Cacau Show produzem mais de 12 mil toneladas de chocolate por ano. Para Alexandre, o principal é não ter medo de errar e de enfrentar os desafios que vão aparecer na sua frente.

    4. Flávio Augusto da Silva

    Flávio Augusto da Silva nasceu e cresceu na periferia do Rio de Janeiro e, durante os anos como estudante na rede pública, sonhava com uma carreira militar. Entretanto, na juventude, ele se apaixonou e resolveu conseguir mais dinheiro para poder passear com a namorada. Flávio foi trabalhar na área comercial de uma escolha de inglês e se encantou pelo ramo.

    O talento e a dedicação ao emprego fizeram com que ele crescesse ali dentro até tornar-se diretor comercial. Então, aos 23 anos, ele abriu a sua própria escola, a Wise Up. Depois de anos batalhando com afinco pela empresa, Flávio vendeu o controle da Wise Up para a editora Abril e, atualmente, dedica-se a projetos sociais e esportivos dentro e fora do Brasil.

    5. Cleusa Maria da Silva

    Nascida em uma família pobre do Paraná, Cleusa Maria da Silva trabalhou desde muito nova como boia-fria para ajudar a mãe a sustentar os nove irmãos mais novos da garota. Depois, ela mudou-se para São Paulo em busca de melhores oportunidades e começou a trabalhar como empregada doméstica. Então, mais uma mudança, agora para o interior paulista.

    Foi lá que Cleusa deu asas ao sonho que, um dia, se tornaria sua própria empresa. Para aumentar a renda do trabalho doméstico, ela começou a fazer bolos a pedido de uma ex-patroa. Até então, ela não tinha experiência alguma na cozinha, mas logo descobriu um dom.

    Criando sozinha o filho pequeno, Cleusa passou dois anos conciliando os dois serviços enquanto sonhava em abrir uma loja de bolos e dar uma vida melhor para sua mãe, que ainda trabalhava como boia-fria. Para Cleusa, a necessidade de sustentar a si mesma e a família foi o que a motivou a descobrir sua força e a jamais desistir.

    A loja tornou-se realidade em 1997 graças ao dinheiro da rescisão e da ajuda de um irmão. Um ano depois, a primeira funcionária foi contratada. Mais de duas décadas depois, a Sodiê Doces conta com 25 franquias. Para Cleusa, o fundamental é oferecer um produto de qualidade a um preço acessível.

    Viu só? Empreender não é apenas para quem tem experiência e boas condições financeiras. Se você confia no seu produto e no seu trabalho e jamais deixa de persistir, também conseguirá chegar onde esses incríveis empreendedores de sucesso chegaram.

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