O que esperar do mercado de tecnologia em 2024? 

O setor de tecnologia está em constante evolução e, somente no Brasil, vai demandar mais de 70 mil novos profissionais até 2024.

O mercado de tecnologia é um dos setores mais dinâmicos e em constante evolução da economia. Quem trabalha na área de desenvolvimento deve conhecer as tendências para aproveitar as melhores oportunidades. Afinal, a tecnologia pode ser aplicada em diferentes processos — e em diferentes níveis de complexidade. 

O ano de 2024 se apresenta como uma chance para posicionar estrategicamente a carreira profissional. Segundo estudo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o Brasil precisará de 70 mil novos talentos do setor de tecnologia até o final do próximo ano. 

A remuneração de profissionais do setor de serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é 2,5 vezes superior à média nacional. Enquanto outras pessoas trabalhadoras recebem um salário mensal de cerca de R$ 2 mil, profissionais de serviços básicos de TIC são remunerados, em média, com R$ 5 mil mensais. 

Quais tendências de tecnologia se tornaram realidade?  

As inovações na área de tecnologia têm aplicações em diversos setores, desde cadeias de suprimentos até segurança cibernética, e vem criando modelos de negócios e novos postos de trabalho para pessoas desenvolvedoras. 

Embora seja difícil prever com precisão todas as tecnologias que surgirão, algumas tendências e áreas de desenvolvimento se mostraram promissoras nos últimos anos. Enquanto isso, outras tiveram uma atenção demasiada, mas ainda não decolaram, embora investimentos continuem sendo realizados, com a consequente demanda por talentos do setor tecnológico.  

Trouxemos exemplos dos dois casos: 

1. Metaverso

Os conceitos de realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA) foram impulsionados pela chegada dos metaversos. Apesar da promessa de transformar a maneira como vivemos, trabalhamos e nos entretemos, desde que o Facebook mudou seu nome para Meta, pouca coisa chegou aos negócios comuns e aos consumidores finais. 

Isso não quer dizer que o metaverso foi abandonado, somente que deve demorar mais um pouco para se popularizar. Quem desenvolve vai continuar encontrando oportunidades nesse campo, pois as empresas continuam explorando oportunidades para criar ambientes digitais interativos. Até 2030, esse mercado deve movimentar mais de US$ 1,3 trilhão, de acordo com estudo da Precedence Research. 

2. 5G e conectividade avançada

A implantação global do 5G abriu portas para aplicações mais rápidas e interconectadas. Isso impulsionará o crescimento da Internet das Coisas (IoT) e permitirá o lançamento de ainda mais inovações, mas essa tendência também deve demorar um pouco para se consolidar. 

Por enquanto, a tecnologia tem apenas 10 milhões de usuários no Brasil, mas até o final da década deve estar disponível de forma ampla, elevando a demanda de desenvolvedores capazes de criar aplicações que aproveitam a alta velocidade e baixa latência do 5G, como jogos, soluções de RV e RA, de IoT para casas inteligentes, cidades inteligentes, indústria 4.0 e saúde conectada. 

3. Inteligência Artificial regenerativa

A Inteligência Artificial (IA) se integrou em nossas vidas cotidianas. Os chatbots, assistentes virtuais e automações de tarefas se tornaram ainda mais comuns em diversos setores, como na saúde, na medicina, no transporte, na indústria, na agricultura, em finanças, na educação, na comunicação e no entretenimento. 

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Harvard, publicado pela McKinsey, aponta que mais da metade das organizações que adota inteligência artificial utiliza a IA regenerativa em, pelo menos, uma função.  

Além do ChatGPT e sua integração com o Bing, a tecnologia é usada por serviços comuns de e-mail, como Gmail. Isso significa uma demanda de mercado por pessoas desenvolvedoras para criar e manter o funcionamento desses sistemas. 

À medida que a automação e a IA assumem tarefas repetitivas, profissionais podem se concentrar em atividades mais criativas e estratégicas. Isso exigirá uma adaptação contínua para adquirir habilidades complementares à IA, como pensamento crítico, criatividade e resolução de problemas. 

O que esperar do mercado de tecnologia em 2024?

Em 2024, o mercado de tecnologia continuará a ser um campo fértil para oportunidades e inovação. O setor de tecnologia ainda apresenta crescimento constante, alimentado pelo aumento da demanda por soluções digitais e, por consequência, de profissionais capacitados para desenvolvê-las. Confira, a seguir, as principais tendências de tecnologia para 2024. 

Computação em nuvem  

O mercado de computação em nuvem deve faturar mais de US$ 700 bilhões globalmente em 2024. Isso significa um crescimento de 17,5% frente ao ano anterior. Grande parte do volume investido no mercado de computação em nuvem será aplicado na otimização de recursos, monitoramento em tempo real, segurança e backup de dados. 

A computação em nuvem permite que as pessoas desenvolvedoras acessem recursos computacionais, como servidores, armazenamento e banco de dados, sob demanda. Além disso, esse serviço oferece a capacidade de escalar recursos para cima ou para baixo conforme necessário, o que é útil para lidar com picos de carga. 

Para aproveitar essa tendência, desenvolvedores devem compreender conceitos como modelos de serviço — Infraestrutura como Serviço (IaaS), Plataforma como Serviço (PaaS) e Software como Serviço (SaaS) — modelos de implantação (pública, privada, híbrida), virtualização, escalabilidade e elasticidade. 

As soluções, como a Locaweb Cloud, podem impulsionar a escalabilidade de sua solução. O serviço utiliza a tecnologia da Intel para garantir a performance dos serviços de nuvem. Acesse o link e confira os diferenciais e benefícios dessa solução para os seus projetos! 

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Internet dos Comportamentos (IoB)  

A Internet dos Comportamentos (IoB) é uma evolução da Internet das Coisas (IoT), que se concentra em coletar dados relacionados aos comportamentos das pessoas e analisá-los para obter insights, podendo antecipar o que clientes desejam e proporcionar uma experiência mais relevante e satisfatória. 

Enquanto a IoT se concentra principalmente na coleta de dados de dispositivos conectados, a IoB lida com a coleta e análise de dados que refletem como as pessoas interagem com esses dispositivos e com o mundo ao seu redor. Algoritmos de aprendizado de máquina e inteligência artificial serão utilizados para identificar padrões e tendências nos dados comportamentais. 

A pessoa desenvolvedora que deseja atuar nessa área deve ter conhecimentos sobre IoT, além de habilidades em análise de dados e machine learning, e estar atenta às práticas de segurança e privacidade, atendendo aos requisitos das regulamentações como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). 

O IoB é relevante para o desenvolvimento de aplicativos de saúde e bem-estar, de plataformas educacionais mais eficazes com recomendações personalizadas de conteúdo, e para fortalecer a segurança digital por meio de métodos de autenticação baseados em comportamento. 

Computação quântica

Os computadores quânticos têm a capacidade de realizar uma enorme quantidade de cálculos de forma simultânea, o que aumenta substancialmente seu potencial de processamento. Com isso, profissionais de desevolvimento podem resolver certos tipos de problemas de forma muito mais eficiente do que os computadores clássicos. 

A computação quântica oferece a capacidade de desenvolver novos métodos criptográficos que são resistentes a ataques mais elaborados, garantindo a segurança de dados. Por isso, instituições financeiras foram as primeiras a adotar essa tecnologia para melhorar o desempenho de sistemas de IA no combate a fraudes. 

Em 2024, a computação quântica deve começar a dar resultados em outros setores, como na descoberta de medicamentos, no sequenciamento do genoma, no aprimoramento de criptografia, na previsão meteorológica, em pesquisas em ciência dos materiais e na otimização de sistemas complexos, como o tráfego urbano em grandes metrópoles. 

Para atuar nesse campo, é essencial familiaridade com conceitos como bits quânticos (qubits), superposição, entrelaçamento e emaranhamento, e linguagens de programação quântica, a exemplo de Qiskit (para IBM Quantum), Cirq (para Google Quantum), ou Q# (para Microsoft Quantum Development Kit). 

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Desenvolvimento aumentado por Inteligência Artificial

A integração de tecnologias de IA no processo de desenvolvimento de software para melhorar eficiência, automação e inteligência na criação de aplicativos deve capacitar as pessoas desenvolvedoras e acelerar o ciclo de vida do desenvolvimento de software, aproveitando as capacidades da inteligência artificial. 

A análise estática e dinâmica com IA pode identificar padrões no código-fonte, sugerir otimizações e fornecer insights para melhorar a qualidade do software. Além disso, os sistemas de teste com IA podem automatizar a detecção de bugs, contribuindo para a qualidade da solução desenvolvida. 

As ferramentas como Microsoft Visual Studio IntelliCode, Kite e TabNine ajudam na criação automática de trechos de código com base em padrões, reduzindo a carga manual do desenvolvimento. Python é a linguagem mais usada em projetos de desenvolvimento aumentado por IA, mas outros códigos como JavaScript, Java ou C# também são úteis. 

Quais são os desafios para adoção das novas tecnologias?

A incorporação de novas tecnologias no cenário de desenvolvimento enfrenta uma série de desafios que vão além da mera resistência à mudança. Aspectos como a falta de conteúdo de qualidade, a adoção prematura de conceitos e a relutância de profissionais em se manterem atualizados desempenham papéis cruciais nesse complexo panorama. 

A necessidade de inovação deve ser equilibrada com a responsabilidade no uso de informações, em uma abordagem que considera não apenas os avanços técnicos, mas também aspectos éticos, legais e sociais, particularmente em um contexto em que as leis de proteção de dados moldam o terreno em que as pessoas desenvolvedoras operam. 

A inteligência artificial, por exemplo, levanta uma série de questões éticas sobre a origem e utilização dos dados. A transparência na coleta de dados e a garantia de que a tecnologia não envolva vieses discriminatórios são questões fundamentais para quem desenvolve. 

Portanto, profissionais com capacidade para compreender ambientes regulatórios complexos têm uma vantagem competitiva. A formação contínua ampliada para questões além dos aspectos técnicos permite acompanhar as últimas tendências e aplicar esse conhecimento na criação de produtos e serviços inovadores. 

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