Alguns ganharam ingressos, muitos compraram e outros foram convidados – não precisam de nenhuma espécie de ticket para apreciarem o show. Mas não importa a forma como entraram no espaço gigante e bem localizado. Todos, ou boa parte do público, estão ansiosos e não veem a hora do show começar. Afinal, assim como os outros, este promete.

As luzes se apagam e o palco ganha destaque. A inquietação toma conta dos espectadores, que não vestem camisetas de bandas, nem seguram copos plásticos com cerveja ou refrigerante.

Sentados, com blocos de notas e canetas; smartphones e notebooks, têm garrafas de água por perto. Outros, no entanto, bebem café ou energético e, em coro, todos gritam pelo nome da estrela da vez.

Nenhum solo de guitarra antecede a entrada triunfal. Em vez disso, vídeos motivacionais, conceitos elaborados e belas imagens surgem no telão enquanto ele chega. Bill Gates, Steve Jobs, Mark Zuckerberg – e tantos outros, tantas outras. Quem disse que dentro da tecnologia e do empreendedorismo não existem rockstars? Muitos dão show, viram ícones nacionais e internacionais.

Ao invés de trechos de músicas, frases retiradas de entrevistas e apresentações são compartilhadas em exaustão nas redes sociais. Livros, filmes, séries e documentários sobre os gênios tecnológicos são vendidos, lidos, visualizados.

Se antes ser um NERD era “vergonhoso”, hoje isso mudou. Estudar, gostar de tecnologia, participar de eventos e criar a própria startup é cool. É sinônimo de sucesso. Alguma dúvida de que o NERD virou popstar, ou melhor, rockstar?

Das garagens para o mundo \m/

Um grupo escreve músicas, arranha acordes, deixa os vizinhos irritados com a bateria, com o barulho. O outro, faz cálculos, anotações, cria protótipos e deixa os vizinhos nervosos com possíveis curto-circuitos.

Apesar de serem segmentos diferentes, ambos começaram lá, na garagem de casa ou em uma alugada mesmo. De um lado temos os rockstars: Metallica, Ramones e até mesmo The Beatles. De outro, os NERDs da tecnologia: Bill Gates e Paull Allen com a Microsoft; Steve Jobs e Steve Wozniak com a Apple; Larry Page e Sergey Brin com o Google; Bill Hewlett e Dave Packard com a HP.

Não há como negar que a garagem tenha papel importante na tecnologia e no rock.

Foi lá que muitos jovens brilhantes, sedentos por mudanças e vontade de revolucionar, começaram e fizeram história. Ela serviu – e ainda serve – de “QG” daqueles que sonham em impactar o mundo com músicas e produtos/serviços inovadores. Mais uma prova de que “rockstars” também nascem em polos tecnológicos.

Um longo caminho a ser percorrido \m/

It’s a long way to the top if you wanna rock ‘n’ roll” – esse é o trecho de uma das músicas do AC/DC e exemplifica muito bem o caminho que as bandas de rock e os NERDs precisam trilhar para conquistar o sucesso. Não é fácil. É preciso talento, foco, persistência e muito trabalho, já que os desafios são muitos e a concorrência é grande – nos dois segmentos.

Muitos shows estarão vazios; muitos produtos e serviços terão baixa procura, muitos sócios brigarão, mas aqueles que realmente querem provocar mudança não desistem. Buscam alívio na criatividade e aprendem com essas experiências. Usam todos esses elementos como escada para chegar ao topo. Quer exemplos? Steve Jobs foi demitido da Apple. Rita Lee, expulsa dos Mutantes. E os dois, de formas diferentes, conseguiram dar a volta por cima. Yeeaah! \m/

Toda banda e toda empresa precisa de um líder \m/

 Mais um ponto em comum entre os dois mundos: a liderança.

Uma banda de rock e uma empresa tech precisam de um bom líder. Em um artigo publicado no blog do TED Talks, Jim Crupi traça um paralelo entre a música e o empreendedorismo. Para ele, um líder é um cantor e compositor, precisa tocar o coração e a mente das pessoas com o que diz; contar histórias significativas, de maneira impactante. A “música” deve ressoar no coração do ouvinte.

Harmonia entre os integrantes também é importante e cabe ao líder essa responsabilidade. Se o baterista, o guitarrista e o baixista, por exemplo, estão dessincronizados, não há como passar uma boa mensagem para o público, o trabalho cai – e as vaias começam. Em uma empresa o equilíbrio também é importante. Cada profissional precisa ter consciência de sua importância para aquele lugar e o líder deve unir, certificar-se que todos estão tocando como deveriam, de forma harmônica e impactante. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

 

I wanna be a rockstar \m/

A prova final de que grandes nomes da tecnologia e rockstars têm tudo a ver?

Os jornalistas Marco Bezzi e Daniel Fernandes no livro Como o Rock Pode Ajudar Você a Empreender mostram como Kiss, Guns N’ Roses e outras bandas conseguiram sobreviver em um mercado competitivo e trazem grandes dicas para quem deseja abrir o próprio negócio.

Em entrevista para o portal O Globo, quando perguntado sobre o que uma empresa e uma banda de rock têm em comum, Marco conta que “uma banda é uma empresa que tem seus funcionários (músicos contratados e técnicos) e seus consumidores (fãs).”

Daniel ressalta que ambas precisam oferecer ao público uma experiência diferenciada, tendo o desafio de inovar a todo momento. No livro, publicado pela editora Benvirá, eles extraem pontos muito específicos de bandas de rock e trazem para o dia a dia de um empreendedor. Vale a leitura! 😉

Agora, depois disso tudo, se você também gosta de tecnologia e não vê a hora de criar sua própria empresa, pegue seus óculos (de sol ou de grau) e let’s go! É a hora de ser um Nerdstar rockstar.

Inspire-se nas grandes bandas, estude, coloque a mão na massa e prepare-se. O próximo a dar um show e a lotar grandes espaços pode ser você. #YouRock! \m/